Contexto SAGRADAS ESCRITURAS, março, 2020


ICorinthios 10

E não tentemos a CHRISTO
E não murmureis, como tambem alguns delles murmurarão, e perecerão pelo destruidor.
E todas estas cousas lhes sobreviérão em figura, e estão escritas para nosso aviso, em quem ja os fins dos seculos são chegados.
O que pois cuida que está em pé, olhe que não caia.
[Almeida, 1850]

[782,630]


abril 04, 2009

Conhecendo a Bíblia - 40ª parte – MATEUS

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EVANGELHO SEGUNDO MATEUS

Mateus é um dos quatro relatos no Novo Testamento da biografia de Jesus. Como os outros, ele relata poucos episódios das muitas coisas que Jesus fez durante 33 anos na terra. Mateus inclui muitas citações do Velho Testamento, mostrando que Jesus cumpriu as grandes profecias da antiguidade.

Embora este evangelho não identifique seu autor, a antiga tradição da igreja o atribui a Mateus, o apóstolo e antigo cobrador de impostos. Pouco se sabe sobre ele, além de seu nome e ocupação. A tradição diz que, nos quinze anos após ressurreição de Jesus, ele pregou na Palestina e depois conduziu campanhas missionárias em outras nações.

Evidências externas, como citações na literatura cristã do séc I, testemunham desde cedo a existência e o uso de Mateus. Líderes da igreja do séc. II e III geralmente concordavam que Mateus foi o primeiro Evangelho a ser escrito, e várias declarações em seus escritos indicam uma data entre 60 e 65 dC.

O objetivo de Mateus é evidente na estrutura deste livro, que agrupa os ensinamentos e atos de Jesus em cinco partes. Este tipo de estrutura, comum ao judaísmo, pode revelar o objetivo de Mateus em mostrar Jesus como o cumprimento da lei. Cada divisão termina com uma fórmula como: “Concluindo Jesus estes discursos...” (7.28; 11.1; 13.53; 19.1; 26.1).

No prólogo (1.1-2.23), Mateus mostra que Jesus é o Messias ao relacioná-lo às promessas feitas a Abraão e Davi. O nascimento de Jesus salienta o tema do cumprimento, retrata a realeza de Jesus e sublinha a importância dele para os gentios.

A primeira parte (capítulos 3-7) contém o Sermão da Montanha, no qual Jesus descreve como as pessoas devem viver no Reino de Deus.

A segunda parte (8.1-11.1) reproduz as instruções de Jesus a seus discípulos quando ele os enviou para a viagem missionária.

A terceira parte (11.2-13.52) registra várias controvérsias nas quais Jesus estava envolvido e sete parábolas descrevendo algum aspecto do Reino dos céus, em conexão com a resposta humana necessária.

A quarta parte (13.53-18.35) o principal discurso aborda a conduta dos crentes dentro da sociedade cristã (capítulo 18).

A quinta parte (19.1-25.46) narra a viagem final de Jesus a Jerusalém e revela seu conflito climático com o judaísmo. Os capítulos 24-25 contém os ensinamentos de Jesus relacionados às últimas coisas.

O restante do Livro (26.1-28.20) detalha acontecimentos e ensinamentos relacionados à crucificação, à ressurreição e à comissão do Senhor à Igreja. A não ser no início e no final do Evangelho, a disposição de Mateus não é cronológica e não estritamente biográfica, mas foi planejada para mostrar que o judaísmo encontra o cumprimento de suas esperanças em Jesus.

Este Evangelho apresenta Jesus como o cumprimento de todas as expectativas e esperanças messiânicas. Mateus estrutura cuidadosamente suas narrativas para revelar Jesus como cumpridor de profecias específicas. Portanto, ele impregna seu Evangelho tanto com citações quanto com alusões ao Antigo Testamento, introduzindo muitas delas com a fórmula “para que se cumprisse”.

No Evangelho, Jesus normalmente faz alusão a si mesmo como o Filho do Homem, uma referência velada ao seu caráter messiânico (Daniel 7.13,14). O termo não somente permitiu a Jesus evitar mal-entendidos comuns originados de títulos messiânicos populares, como possibilitou-lhe interpretar tanto sua missão de redenção (como em 17.12,22; 20.28; 26.24) quanto seu retorno na glória (como em 13.41; 16.27; 19.28; 24.30,44; 26.64).

O uso do título “Filho de Deus” por Mateus sublinha claramente a divindade de Jesus ( 1.23; 2.15; 3.17; 16.16). Como o Filho, Jesus tem um relacionamento direto e sem mediação com o Pai (11.27).

Mateus apresenta Jesus como o Senhor e Mestre da Igreja, a nova comunidade, que é chamada a viver nova ética do Reino dos céus. Jesus declara: “a igreja” como seu instrumento selecionado para cumprir os objetivos de Deus na Terra (16.18; 18.15-20). O Evangelho de Mateus pode ter servido como manual de ensino para a igreja antiga, incluindo a surpreendente Grande Comissão (28.12-20), que é a garantia da presença viva de Jesus.

A atividade do Espírito Santo é evidente em cada fase e ministério de Jesus. Foi por meio do poder do Espírito que Jesus foi concebido no ventre de Maria (1.18-20).

Antes de Jesus começar seu ministério público, ele foi tomado pelo Espírito de Deus (3.16) e foi conduzido ao deserto para ser tentado pelo diabo como preparação adicional a Seu papel messiânico (4.1). O poder do Espírito habilitou Jesus a curar (12.15-21) e a expulsar demônios (12.28).

Da mesma forma que João imergia seus seguidores na água, Jesus imergirá seus seguidores no Espírito Santo (3.11). Em 7.21-23, encontramos uma advertência dirigida contra os falsos carismáticos, aqueles que na igreja, profetizam, expulsam demônios e fazem milagres, mas não fazem a vontade do Pai.

Presumivelmente, o mesmo Espírito Santo que inspira atividades carismáticas também deve permitir que as pessoas da igreja façam a vontade de Deus (7.21).

Jesus declarou que suas obras eram feitas sob o poder do Espírito Santo, evidenciando que o Reino de Deus havia chegado e que o poder de satanás estava sendo derrotado. Portanto, atribuir o Espírito Santo ao diabo era cometer um pecado imperdoável (12.28-32).

Em 12.28, o Espírito Santo está ligado ao exorcismo de Jesus e à presente realidade do Reino de Deus, não apenas pelo fato do exorcismo em si, pois os filhos dos fariseus (discípulos) também praticavam exorcismo (12.27). Mas precisamente, o Espírito Santo está executando um novo acontecimento com o Messias— “é chegado a vós o Reino de Deus” (v.28).

Finalmente, o Espírito Santo é encontrado na Grande Comissão (28.16-20). Os discípulos são ordenados a ir e a fazer discípulos de todas as nações, “batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (v.19). Isto é, eles deveriam batizá-los “no/com referência ao” nome— ou autoridade– do Deus Triúno. Em sua obediência a esta missão, os discípulos de Jesus têm garantida sua constante presença com eles.
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2 comentários:

Eloiza disse...

Olá irmão,
Como não encontrei o mural de recados, me atrevi a colocá-lo aqui,
só para avisá-lo que tem um Selo Comemorativo de presente presente para vc lá no meu blog.
Obrigada.

Alessandro disse...

Olá! Estou usando este espaço para divulgar o blog "Salvos Pelo Amor!"
Não deixem de conferir. Sua opinião é importante para nós.
Abraço.

http://salvospeloamor.blogspot.com/